Assinala-se esta quinta-feira [26.01.2023], o Dia do Médico angolano, data instituída para aprofundar a reflexão sobre o exercício e o papel da actividade do profissional da medicina na sociedade angolana e os desafios que têm pela frente, com realce para questões ligadas à carreira profissional, remuneração, condições de trabalho e acesso à formação contínua diante da necessidade de promoção do desenvolvimento da cultura médica e aperfeiçoamento do Serviço Nacional de Saúde.
A efeméride passou a ser assinalada desde a proclamação da Ordem dos Médicos de Angola, a 26 de Janeiro de 1991, e mais do que lançar desafios em matéria de aperfeiçoamento da Política Nacional de Saúde, do Ensino e das carreiras médicas, pretende homenagear todos os profissionais de medicina pelo contributo e participação activa na assistência aos pacientes e prestação de cuidados primários de saúde,quer em zonas urbanas quer em zonas rurais.
Não obstante os avanços que se têm registado no país em matéria de formação de médicos e construção de unidades sanitárias, a classe se debate ainda com problemas estruturais de ordem profissional, com incidência para as condições de trabalho, remuneração, reconhecimento e formação continua, elementos essenciais para a uma prestação eficaz e à altura das exigências actuais.
Actualmente, o desafio do Executivo, diante do crescimento populacional, passa por suprir o rácio médico por habitante, já que Angola precisa de 30 mil médicos para responder às exigências da OMS de um médico por cada dois mil habitantes, além de grande parte deles preferir trabalhar em Luanda, onde estão concentradas, entre outras, as oportunidades de qualificação profissional pela concessão de título de diferenciação.